30 de jan. de 2010

O Sabor Rural de Gramado

Algumas pessoas são ícones em Gramado. Uma delas, sem dúvida é o Henrique Fioreze. Com uma gargalhada que faz a minha geração inteira lembrar do Tênis Clube, o Henrique empresta a alma ao novo restaurante da família, o Sabor Rural. O mais interessante é a presença de toda a família e da equipe lá do Tênis (incluindo o Marino).

Se alguém procura um projeto vernacular em Gramado, esse é o lugar. Tudo é daqui. A madeira, as pedras, os construtores, os produtos servidos, o suco de uva, os doces, a equipe. O mais interessante é a preservação das raízes e a valorização dos elementos locais. O lugar é o sítio da família.
Nas próxima fotos, é evidente o excesso de informações visuais. É que o buffet é um exagero mesmo! A escolha logo se torna uma lista.


Tem fogão à lenha, grelha, queijos, buffet de saladas e sobremesas, café e tortas e só recorrendo as fotos para lembrar ...

Só que antes de tudo isso o Henrique já mandou esse nó-de-pinho:

E ainda tem emoção com o Carlos Santos ("castanha") que vai almoçar lá e aproveita pra abrir o fole da gaita ... aqui ele tocava "por una cabeza" do Gardel (quando teve "tempo" no esconde-esconde da gurizada, um pedido de noivado foi interrompido, leite ferveu e derramou e até o assador quase se descuidou da picanha ...).



A família Fiorezze, que trabalha com gastronomia em Gramado há tempos (ex-Tênis Clube, atuais Le Lac, Luiggi, Padaria São Pedro e Sabor Rural), oferece a amizade nas refeições em seu restaurante, além da excelente comida. Além disso, uma figura histórica de Gramado tem uma mesa reservada lá e várias personalidades já compareceram.


O Diego Fioreze também nos apresentou o suco de uva com rótulo próprio do Sabor Rural, produzido pelo Suco Ghesla (da Serra Grande, Gramado) e um excelente suco de uva branca. E ainda as receitas da Padaria São Pedro como a torta de maça (Apfelstrudell).



Olha o visual da janela com flores, enquanto conversa-vai-conversa-vem sem noção do tempo passando ...

O lugar é ideal para levar as crianças (que podem andar a cavalo, pescar, brincar à vontade, ver os bichos do sítio e gastar as energias), para eventos (reunião da firma no final desse ano lá, certo) e reunião de família. Sair é o mais difícil.


O detalhe da decoração da mesa ... fotografar esse girassol foi uma brincadeira à parte ...


Para aproveitar a tarde depois do almoço, a sugestão é não esquecer protetor solar.

Concluindo, almoço em família com buffet livre, churrasco, sobremesa, suco de uva, café, gaiteiro, rever gramadenses e ser recebidos pela família Fioreze: incomparável.

Restaurante Sabor Rural
Linha Ávila Alta
Placas sinalizando o caminho
Reservar antecipadamente
Fones: 54 96257454 - 54 81413164
http://saborrural.blogspot.com/
saborrural@gmail.com
R$35,00 por pessoa. Gramadenses tem desconto.

28 de jan. de 2010

O Teatro do Seu Nelson Cavichion

O seu Nelson Cavichion tem um moinho na Linha Bonita. E é na visitação ao moinho que ele se transforma, através do seu teatro, em imigrantes italianos que passaram dificuldades ao se instalar na Serra Gaúcha.


A maneira de comer, trabalhar, os utensílios usados no dia a dia, as dificuldades, as diversões, tudo é contado em encenação de maneira trágica e cômica. A transição tecnológica da época, como a costura dos sacos de farinha "com orelha" e de agulha para costura à máquina, fizeram a valorização do produto ("de 10 fiorin para 15 o saco").


A falta de energia elétrica, a dificuldade para comprar os itens necessários, consulta no médico e todo o cotidiano dos avós é relatado na peça do seu Nelson. É engraçado, e é história viva. Ele ainda mostra os componentes do processo e detalhes como a pedra do moinho, que necessitava ser "afiada" para resultar a farinha correta.



Enquanto ele deixa os visitantes distraidos após a explicação da pedra, sai correndo para ligar "os computadores" (motor que substitui a roda d'agua para moer o milho) e dar um tom real à explicação.

O antigo saco de farinha de milho que (infelizmente) foi abandonado para ceder lugar ao saco plástico (também é legal, mas não típico e ecológico como o de papel).


E após os atrativos teatrais, tem compra de produtos típicos, suco de uva, farinha (ótima para uma polenta de nona). Vale muito a visita à Linha Bonita para conhecer esse maravilhoso personagem de Gramado.


Moinho Cavichion
Linha Bonita - Interior de Gramado
Melhor agendar junto a visitação da Ervateira e da Cantina da Linha Bonita.

26 de jan. de 2010

Almoço no Trattoria

Não é novidade que sou fã de carteirinha, declarada e absoluta freqüentadora do Di Pietro Grill e Saladas. Mas, por sugestão do Izaias, resolvemos hoje apostar numa nova opção de almoço com buffet livre em Gramado.

A proposta era o Trattoria del Corso. Já conhecíamos o restaurante, primeiro por ser do Galina, vizinho da minha mãe e figura conhecidíssima em Gramado e depois por conta de um jantar delicioso que saboreamos no inverno deste ano lá.

A casa que abriga hoje o Trattoria é super antiga, talvez uma das primeiras da cidade. Ali morou por muitos anos a Dna. Célia Zatti. No porão da casa, fica o brechó da Nini Haas e o antiquário da Tata (filha da Dna. Célia).
De cara, a casa é super convidativa. O preço do almoço estampado num simpático quadro negro dá as boas vindas para quem entra no restaurante pelo antigo acesso para a garagem da casa.

O restaurante tem mesas internas, na varanda, na sacada e no jardim. Num dia de sol como hoje, nada melhor do que aproveitar o sol e a agradável brisa no alto da Avenida Borges de Medeiros.

O serviço da casa é excelente. Super atenciosos, os garçons ficam atentos a todas as mesas, inclusive as da sacada, que foi onde escolhemos sentar.

O buffet é bem variado, com opções de saladas, massas e carnes. Tem ainda a bancada de grelhados com frango, gado e coração de galinha, que os garçons levam na mesa assim que fica pronto. Delícia! Gringa como só eu, não dispensei a polenta frita e nem a batata soutê (super saborosa).


Dispensamos a sobremesa, pois o verão está chegando e os corpinhos não estão assim, digamos tão em forma!
O pagamento é por comanda e direto no caixa da saída. 38 pila para duas pessoas.

Gostei bastante, vou voltar! E na próxima vez, apostaremos no happy hour, sugerido nos jogos americanos das mesas.

Trattoria del Corso
Av. Borges de Medeiros, 2345
(54)3036-0056
Aberto de segunda a segunda das 10h até o último cliente

24 de jan. de 2010

Feira de Produtos Orgânicos de Gramado

Um ótimo exercício para a consciência e para a saúde são as compras na feira de orgânicos. É realizada pela Associação dos Produtores Orgânicos de Gramado, aos sábados, ao lado da Brigada Militar. E como em qualquer feira livre, a dica é realmente chegar cedo, evitando “competir” com os madrugadores pelas melhores escolhas.
Entre as idéias para melhora de qualidade de vida, essa sem dúvida merece estar anotada na agenda: sábado de manhã – feira de orgânicos. Claro que nem todo mundo gosta de fazer as coisas tão cedo (tenho um amigo que só conheceu domingo de manhã na Copa do Mundo da Ásia!). Mas acredito que vale muito o esforço.

Conversei com a Sra Nilza Vendrusculo, presidente da Associação, que explicou os critérios para definição de orgânicos e os planos para melhor estruturação da feira e redefinição de horários. Por enquanto, a feira continua aos sábados pela manhã. Existem também planos para um rodízio entre os produtores.


A qualidade dos produtos é incrível. Tem verduras (alface, radicci, temperos, alho poro, rúcula, cebolinha..), legumes, frutas, granola, geléias, pão, vinho, mel, ovos, queijo, feijão, entre outros. Em outras feiras, até doce de leite de cabra já encontrei.



Em grandes centros, o povo ainda enfrenta vários outros custos associados ao produto, mas com esperança de que o aumento do consumo possa reduzir o preço de cada item orgânico. Aqui, é comprar direto do Beto, da Fátima, da Sra Nilza, do Auri, do Marcadente. Eles mesmo que produzem e estão ali para vender e explicar tudo o que for necessário. Uma vantagem enorme em Gramado.



Comprei:

- Radicci
- Alface americana
- Vagem
- Espinafre
- Couve
- Repolho
- Amora
- Morango
- Uvas
- Sal com tempero orgânico
- Granola
- Pão Integral



Gastei em torno de 42 reais. Na verdade, um investimento ótimo. A descoberta: essa granola maravilhosa. O pedido dos produtores: aumentar a divulgação e poder melhorar o trabalho em função de um consumo maior.


Associação dos Produtores Orgânicos de Gramado – APOG
Feira Livre de Produtos Orgânicos
Sábados pela Manhã (início 6:30 - 7h)
Estacionamento da Brigada Militar de Gramado
Rua Coronel João Corrêa, 289 - Centro
(54) 9116-8484 (Sra Nilza)

Pagamento somente em dinheiro (melhor levar dinheiro trocado)

22 de jan. de 2010

Vida Longa ao Josephina







Josephina é o nome da avó paterna da Teia, da Patricia, do Gabriel e do Digo. E em homenagem a ela, transformaram a casa da avó materna no mais novo Café no centro de Gramado. Projeto maravilhoso, inovador, com alma gramadense.


Com gosto de estréia, O Digo me mostrou as mudanças feitas na casa e os feitos da família em fotos, separadas em "parede materna" e "parede paterna".

Iniciando a conversa, pedi um Cafe Latte, sempre em proporção de mais-cafe-do-que-leite, e aproveitei a luz do final de tarde para umas fotos ao som do Bob Dylan.



















Olhando para a frente do Café tem vista da Igreja (o volume que se houve o sino dali é um atrativo à parte) e o Benoni, faceiro.




















Criatividade em todos os lugares (aquele Clapton "Just One Night" na parede já foi sonho de consumo de muitos... ) e as fotos da família paterna e materna em cada lado da porta.


Bem, segundo as explicações do nosso anfitrião, a especialidade deles são os sanduiches. Eles tem nomes de autores dos clássicos da literatura. Escolha difícil, me decidi por um "Cervantes", de cogumelo Paris (claro que é cultivado em Gramado, ali na Linha Avila). O pão é "pão de vó" feito ali mesmo e com fermento biológico (reacendendo as esperanças que nem só no Uruguay se come pão assim) e acompanha uma salada legal.












A flor na garrafa de coca-cola foi substituida pela vela quando caiu a noite, numa iluminação fantástica, ao som do Paco de Lucia. E a torta de nozes pecã que é melhor que a pecan-pie original.






















O cardápio foi elaborado atendendo pedidos de cada membro da família, levando em consideração a qualidade de cada ingrediente. Os chefs Guilherme Sperry e Tatiane Milanês (Restaurante Bêrga Motta) comandaram a estréia em 22/01/2010. E uma frase do Goethe que ecoa em muitos projetos de Gramado.




Se ficasse preso num mesmo dia, como o "dia da marmota" do Feitiço do Tempo, tranquilamente poderia escolher esse dia. Nada melhor que estréia. Estréia de post com estréia de Café de categoria. Vida longa ao Café Josephine!





















A conta (lanche/janta para 3 pessoas): R$79,31 por um bom tempo de diversão, revendo muitos amigos.

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Josephina Café
Rua Pedro Benetti, 22
Centro - Gramado
(54) 3286-9778
www.josephinacafe.com.br
Aberto de terças a domingos 10:30 - 23:00